Moção de Repudio ao D.C.E

Por: Jailson Silva
É inaceitável um órgão que se diz representante dos estudantes, por meio de instrumento público, manifestar-se contra momentos de manifestações democráticos, que também fazem parte das rotinas acadêmicas. Paradoxal é, a ação de repúdio divulgada por esse diretório, visto que DCE-UEG é sinônimo de ações que negam aqueles que lutam ou divulgam os problemas da real situação que essa Universidade vivencia. Notoriamente vemos que os representantes que participam do DCE não se importam com pesquisa, extensão e mesmo ao estarem em sala, não contribuem com a produção do conhecimento. Posto que, visivelmente suas ausências, nos movimentos, nas tomadas de decisões por outra universidade, por que não dizer, séria não serão repostas eles nunca se posicionam a favor da causa que garantem a melhoria acadêmica.
Alguns que compõem o D.C.E gastam para terminar um cursar de 5..a 10 anos, algumas vezes reintegram-se por nova matrícula no vestibular. Que questão paradoxal para aqueles que reivindicam a reposição de um dia de aula, será que esse dia irá suprir nossos anos de luta, ou o total estado de estagnação, do movimento estudantil decorrente sobretudo da omissão dessa Entidade que nos representam.
E lutar por uma universidade de fato séria, não seria a bandeira dessa entidade D.C.E. Para o centro acadêmico de geografia o DCE não representa nada mais alem do que um curral formado por eleitores que põem no poder seus patrícios e como recompensa recebem cargos nas próprias estruturas que deveriam está se opondo.
Não pedimos muito queremos apenas que o DCE cumpra o que promete, e pare de usar a luta estudantil para apoio político e ações que não trazem a mínima melhoria á universidade.
Gostaria de deixa claro que somos nesse momento contrario a qualquer manifestação como está advinda do DCE.
Lutamos por uma universidade séria, e somos contra os que querem arruinar a UEG. Já arruinada!.

CA de geografia. unucseh Gestão: PARTICIPAÇÃO E LUTA 2008-2009

TERRAS DA AMAZÔNIA: Muito na mão de poucos

Geógrafo questiona a aprovação de MP que regulariza a propriedade de terras na Amazônia.
Por Frederico Viotti.
Tratando-se de Amazônia, o assunto do momento é a aprovação na Câmara dos Deputados da polêmica Medida Provisória 458, que regulamenta a propriedade de terras. O projeto, aprovado em fevereiro, indica a regularização dos terrenos com extensões de até 1.500 hectares que tenham sido ocupados antes de 2004. As modificações feitas no texto original ressaltaram as divergências entre a bancada ruralista e a ambientalista, que disputaram voto a voto as alterações que mais lhe interessavam. Ao que tudo indica, os ruralistas venceram esta queda de braço.O texto aprovado assegurou a indenização aos posseiros caso as terras sejam retomadas pela União, a possibilidade de empresas também comprarem as posses e uma espécie de “anistia” para quem agiu contra a legislação ambiental vigente. Só é passível de punição, ainda que com garantias de defesa, quem desmatou áreas de preservação permanente ou de reserva legal.Por outro lado, a MP também contém exigências de recomposição de reservas para os que conseguirem comprar as terras, além de proibir a alienação de florestas públicas, de unidades de conservação ou de áreas que já estejam selecionadas para a criação de áreas de preservação.A discussão em torno da medida reuniu não só parlamentares, mas também figuras públicas, como os atores Christiane Torloni e Victor Fasano. Tanto o atual ministro do Meio Ambiente Carlos Minc quanto sua antecessora Marina Silva se posicionaram de maneira claramente contrária à aprovação.No segundo encontro do módulo “Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter”, do Projeto Repórter do Futuro, realizado dia 16 de maio, o tema foi abordado e discutido por um especialista: o geógrafo e professor da USP Ariovaldo Umbelino de Oliveira.Com seus estudos direcionados para as questões relativas à ocupação recente da Amazônia e suas consequências, Oliveira é firme em sua posição frente à MP: “Essa política fere o princípio de que a propriedade da terra tem que cumprir sua função social, o que por si só fere a constituição nacional.”O geógrafo ainda caracteriza a iniciativa como uma “contra-reforma agrária”, pois estaríamos entregando o patrimônio público nas mãos dos grileiros, que já dominam os principais municípios produtores agrícolas. São terras griladas que pertencem ao Incra.O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é um dos principais focos de sua crítica: “funcionários do Incra vendem terras públicas legais para os grileiros, os protagonistas do processo de destruição na natureza”. Esta acusação foi referendada pela denúncia recente ocorrida no Mato Grosso, que terminou com a prisão de 14 suspeitos de fraudes em processos de desapropriação. Entre eles, seis empregados do instituto, um do alto escalão.“A MP foi arquitetada nos bastidores, por funcionários do Incra.” Oliveira baseia sua afirmação no fato do governo já estava fazendo assentamentos adequados antes da medida, criando novas propostas em que a terra fica sobre controle do estado, a preservação é efetiva e os assentados usufruem de todos os benefícios necessários, seguindo os preceitos do desenvolvimento sustentável. Segundo ele, essa ação prévia tira qualquer nexo da MP 458.Ao tratar da participação do governo federal na questão, Oliveira é ainda mais incisivo. “A rigor, o estado brasileiro nem deveria incentivar nenhuma política de assentamento na Amazônia, não há necessidade. O Brasil tem 120 milhões de hectares de terras rurais improdutivas.”Segundo dados apresentados pelo geógrafo, a Amazônia concentra 96 milhões de hectares de terras devolutas, que não constam em nenhum registro público. “Mais de 80% das terras dos municípios na região são devolutas”. Essas estatísticas deflagram um problema ainda maior: “Não há no Brasil conhecimento da situação fundiária. O Estado brasileiro não criou instrumentos para controlar suas terras. A situação está ao sabor das elites, que grilharam grande parte deste território.”Oliveira é enfático ao analisar o papel do setor privado na preservação da Amazônia. “Os empresários desse país jamais respeitaram o meio-ambiente, nada indica que isso vá mudar. Deixar as terras nas mãos deles só aumentará o desmatamento. É a presença da propriedade privada que abre a brecha para o desmatamento”, afirma.Sobre a questão dos assentamentos, Ariovaldo Oliveira declara que o número divulgado pelo Incra de 500 mil assentados é “mentiroso” e que na realidade não passa de 180 mil. “No cálculo final, estão somando assentamentos anteriores. Isso não é Reforma Agrária”.Também esteve presente ao encontro o arqueólogo Eduardo Neves, que se aprofundou na função da arqueologia como chave para o resgate histórico da Amazônia e aproveitou para opinar sobre o caso. “A Amazônia pode ser ‘ocupada’ sim, mas com uma lógica bem diferente da do agronegócio. Deve-se pensar em uma ocupação de baixo para cima na pirâmide social”, afirmou.Dentro desse cenário controverso, o perigo que a aprovação no Senado e no poder executivo da Medida Provisória 458 pode acarretar está reproduzido de forma clara no desabafo de Oliveira: “Estamos em uma encruzilhada histórica. Parte do patrimônio público nacional está sendo transferido de forma ilegal e inconstitucional para as mesmas pessoas que dominam e exploram predatoriamente essas terras há 500 anos, para quem sempre teve direito a elas. Os pobres são a justificativa para que as elites se apropriem de 150 milhões de hectares da Amazônia.”

SOBRE COMUNISTAS E TRAFICANTES

Por Renata Tavares

Ao narrar a trajetória de Prestes, em “Cavaleiro da Esperança”, Jorge Amado assim descreve a prisão após a chamada Intentona Comunista de 1935:
“Uma célula à prova de fuga. Escura, fria e doentia. Com guarda à vista, num pátio próximo, com um tira ao lado. Nenhuma visão humana lhe é permitida. Nenhuma visão da natureza tampouco. Durante os dois primeiros anos, os anos da Polícia Especial, nem um jornal, nem um livro, nem um lápis com que escrever.”
Nada lhe era permitido, nem escrever para seus familiares, nem receber visitas, nem falar com seu advogado, o que dificultava a confecção das peças de defesa dos inúmeros processos que lhe foram impostos.
Isso causou repúdio naquela época, quando a teoria dos direitos humanos ainda dava seus primeiros passos, tanto que a pressão popular e internacional exercida graças à batalha incansável de D. Leocádia o transferiria para a Casa de Correção e depois para Ilha Grande.
Naquele momento o Brasil era governado por Getúlio Vargas que a partir de 1930 alcança a Presidência da República, instaura uma ditadura e acaba com os direitos e as garantias fundamentais, com a criação de uma polícia fascista que estende seus tentáculos até os dias atuais.
Muito tempo se passou até a Lei 10.792, de 1º de dezembro de 2003, promulgada pelo presidente Lula, que muda as regras processuais sobre o interrogatório, acaba com a obrigatoriedade da realização do exame criminológico, para fins de livramento condicional e progressão de regime, e cria o RDD - Regime Disciplinar Diferenciado.
O RDD é destinado ao preso, inclusive o provisório, que comete falta disciplinar grave consistente em motim ou rebelião ou sob o qual recaia séria suspeita de participação em organização criminosa. Uma vez dentro do RDD, o interno fica em cela individual durante todo o tempo, tendo apenas 2 horas de banho de sol por dia. A visitação é semanal e limitada a membros da família, com duração também de 2 horas. O RDD pode durar de 360 dias até 1/6 da pena.
Esta nova-velha idéia veio à tona após uma série de rebeliões e motins e o assassinato de dois juízes no Estado de São Paulo como resposta a fim de punir os participantes.
Legalizaram, então, todas as práticas de segurança penitenciária, além de dar margem para outras tantas. Cria-se enormes dificuldades para que o preso seja atendido por seu advogado, com a imposição de horários e locais de atendimento. Limita-se o acesso a determinadas coisas como jornais, revistas etc. Restringe-se o número de pessoas que podem visitá-lo, a partir, por exemplo, do estabelecimento da “pessoa amiga” pela Portaria da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro.
A dificuldade é legalizada também através de um mecanismo que vem legitimar a punição disciplinar: o procedimento para averiguação de falta. Neste, as brechas da legislação só servem para que os agentes de segurança penitenciária inventem a todo o momento novas condutas faltosas. No Estado do Rio, por exemplo, existe um preso que respondeu a um procedimento deste, pois estava de posse de uma revista Playboy e outro por estar de posse de uma tinta de cabelo, e ambos foram encaminhados para o isolamento!
Em 2003 fazia um ano do governo do presidente operário, 14 anos da primeira eleição direta para presidente da república, Congresso aberto, imprensa livre, enfim, instituições funcionando. Ainda assim, a situação continua a mesma: preso incomunicável, cela escura e fria, sem acesso à família, sem acesso à natureza, sem trabalhar, ler ou escrever. Apenas tentando não ficar louco, resistindo sempre.
Luiz Carlos Prestes resisitiu. Não ficou louco.
Os presos de Bangu III – primeiros a serem colocados em RDD no Estado do Rio de Janeiro, também.
Não se sabe se resistiriam a coisas piores a julgar pelas vidas que levaram até aqui. A imposição de uma vida sem escolhas onde o ter é maior que o ser, onde não há perspectivas, que transforma a sobrevivência numa guerra sem fim.
O que importa é que o Estado ainda insiste em tratar os movimentos de resistência da mesma forma: decepando seus líderes e torturando os participantes. Sem entendimento, sem debate, sem conversa, sem que haja um diálogo para a construção de propostas sérias no sentido de realmente enfrentar o problema e tentar resolvê-lo. Ao revés, a Era Vargas continua viva, e agora legalizada!
Renata Tavares é defensora pública no Estado do Rio de Janeiro
VALE RELEMBRAR - HUGO CHAVEZ
por José Abex Jr.
fotos M iraflores
Hugo Chávez é, sem dúvida, uma liderança na América Latina. Influenciado pela herança de Simón Bolívar, busca a integração dos povos latinos e a concentração de forças contra o poder, sobretudo, estadunidense. Enfrenta forte oposição política, econômica e da imprensa dentro e fora do país. Na entrevista exclusiva à Caros Amigos, em agosto de 2004, já alertava sobre a penetração dos EUA na tensa fronteira entre Colômbia e Venezuela por meio de comandos militares e de inteligência. O Plano Colômbia, segundo ele, cfghn.
ao narcotráfico é usado para justificar a presença dos pupilos de Bush na região. Em 2008, não fossem acordos diplomáticos, as armas e os soldados poderiam estar, explicitamente, em combate. Chávez, sabedor de sua representatividade, mostra firmeza nas decisões e disposição para lutar pelo que julga mais importante. A seguir, a entrevista concedida ao jornalista e editor especial, José Arbex Jr., em Caracas.
Às vésperas do referendo que deverá preservar ou revogar seu mandato, o presidente venezuelano recebe Caros Amigos com a certeza de que derrotará os adversários – pela quinta vez em pouco mais de dois anos e com inteira obediência à Constituição.
“E então, como estão as coisas no Brasil?”, pergunta Hugo Chávez, no dia 25 de julho, uma bela tarde ensolarada, data do aniversário de Caracas (fundada em 1567) e quase a do libertador Simón Bolívar (nascido em 24 de julho de 1783, “mas dizem que foi à meia-noite de 24, ou logo nos primeiros minutos de 25”, afirma o presidente, revelando uma certa vontade cabalística de enxergar mais do que uma simples coincidência nas datas). Chávez, que fará 50 anos em 28 de julho, acaba de encerrar a 199ª edição do programa dominical Alô Presidente, quando instala o seu governo em alguma praça pública de uma cidade qualquer da Venezuela, para ali ouvir críticas, queixas, elogios e promover debates sobre o seu governo, tudo transmitido ao vivo, pela rede de televisão pública (Canal 8 e agora também o novo Canal Vive) e por emissoras de rádios comunitárias. Alguns programas duram até seis horas, mas batem recordes de audiência, em grande parte porque o seu principal animador é uma figura extraordinária: entre uma análise política do imperialismo de George Bush e a defesa apaixonada da unidade latino-americana, Chávez conta anedotas, declama poesias, canta, recomenda a leitura de livros, conversa por telefone com gente que liga de todas as partes.

Ao receber Caros Amigos, logo após o encerramento do Alô Presidente, às 16h30, dessa vez realizado em Caracas, num parque ao lado do palácio presidencial de Miraflores, Chávez exibe olheiras profundas, tem a voz rouca e dá sinais evidentes de cansaço. Teve uma semana alucinante de trabalhos, que incluíram a reunião de cúpula com o presidente argentino Néstor Kirchner, em Puerto La Cruz, na ilha Margarida, em 23 e 24 de julho, com a participação de quinhentos empresários (355 venezuelanos e 145 argentinos) e a assinatura de acordos que totalizaram 80 milhões de dólares, além dos preparativos para o plebiscito revogatório convocado para o dia 15 de agosto. “Os acordos com Kirchner já foram um primeiro resultado da entrada da Venezuela no Mercosul, no dia 8 de julho”, afirma. “Eu já disse aos empresários venezuelanos: a partir do dia 1 de agosto, todos já vão sentir os benefícios. Poderão exportar vários produtos para o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai sem pagar impostos. Isso vai estimular muito a economia nacional.”-->

FONTE:
http://carosamigos.terra.com.br/

O dia em que os EUA invadiram o BRASIL

Mauá - O Imperador e o Rei


Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 1999
Formato: AVIIdioma: PortuguêsLegenda: S L
Tamanho: 800 MB
Download: Megaupload
Senha p/ Descompactar: dsa000_1985